Chimia de Banana (Geléia de Banana)

Quem não é gaúcho deve estar se perguntando o que é chimia. Para nós, gaúchos, o que se passa no pão é chimia e não geléia.

A palavra chimia deve-se à influência da colonização alemã. Os imigrantes alemães trouxeram a schmier, que, traduzindo literamente, é pasta. Pode ser tanto geléia quanto graxa, por exemplo. Mas no Rio Grande do Sul virou geléia mesmo.

A chimia de banana é uma de minhas preferidas. Lembra infância, casa de mãe. Pão de milho, chimia de banana com nata (outra expressão gaúcha para creme de leite). Não tem coisa melhor.

A banana tem que estar muito passada do ponto para dar um chimia escura e docinha. Lembro minha mãe comprando quilos de banana passada para fazer um panelão de chimia.
Aqui, tudo vai para o lixo. Não existe aquela fruteira da esquina que vende banana passada. Vai tu-do pro li-xo! Desperdício.

Aqui em casa eu me "passo" com as bananas às vezes. O resultado é mais que delicioso. Pães de banana, muffins, bolos. Mas hoje estava a fim da chimia.

A receita é básica, válida para quase todas as geléias caseiras.
Para cada duas xícaras de polpa de fruta (no caso, banana amassada com o garfo), uma xícara de açúcar. Para a chimia de banana, ainda se acrescenta suco de limão.

Para minhas míseras 1 1/2 xícaras de polpa, coloquei duas colheres de sopa de suco de limão.
Cozinha-se em fogo baixo, mexendo de vez em quando, até a chimia ficar escura e soltar do fundo da panela. Eu, inexperiente no assunto, coloco uma colherinha de chimia no congelador, deixo esfriar e vejo se está no ponto de geléia.

Depois de pronto, faça um pão bem gostoso, e delicie-se! Ah, se eu estivesse no Brasil, iria passar um requeijão por cima ainda. Coisa boa.